domingo, 6 de julho de 2008

Declaração de Saragoça - 2008


Com a devida vénia, e dada a importância da presente Declaração, transcrevemos o Texto que nos foi enviado pela Associação Famílias de Braga:



"Decorreu em Saragoça, Espanha, em 7 de Junho de 2008, um Congresso Mundial de Associações de Pais de Alunos do qual saiu uma Declaração subscrita pelos Pais e Mães presentes de várias dezenas de países de todos os Continentes.
A Associação Famílias, sempre esteve na defesa da Liberdade de Ensino e sempre se tem manifestado sobre o assunto há já longos anos e de forma sistemática. A Associação Famílias considera o exercício da Liberdade de Ensino uma garantia da Liberdade e o cumprimento de um direito humano fundamental. Considerando que este ano acorre o 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que consagra a Liberdade de Ensino, a Associação Famílias vem, por este meio, divulgar a Declaração de Saragoça 2008 à qual adere totalmente, aproveitando a oportunidade para, mais uma vez, defender este direito humano essencial e alertar Pais e decisores políticos para a urgência desta liberdade ser, de facto, implementada e aplicada em Portugal.

Braga.2008.07.04

DECLARAÇÃO DE SARAGOÇA 2008
Pela Educação!

I Congresso Mundial de Associações de Pais de Alunos


Reunidos em Saragoça (Espanha) em 7 de Junho de 2008 queremos transmitir à comunidade educativa dos nossos países, aos responsáveis políticos e a toda a sociedade internacional o nosso compromisso em conseguir a efectividade e o cumprimento dos direitos e objectivos contidos na seguinte declaração:

1. Os pais têm o direito prioritário e preferente a educar os seus filhos de acordo com os seus princípios e convicções morais, filosóficas, religiosas ou pedagógicas e, consequentemente, a escolher o tipo de educação e o centro educativo que desejam para os seus filhos. Nenhuma outra instância tem legitimidade para usurpar este direito nem a impor uma doutrinação moral ou ideológica.

2. Todas as pessoas têm o direito a receber uma educação de qualidade em liberdade que lhes permita, mediante o seu próprio esforço, alcançar a sua autonomia pessoal e a sua realização integral para o acesso a um trabalho digno que deve repercutir em benefício próprio, da Família e da sociedade.

3. Todas as Famílias têm o dever moral de solidariedade para que os filhos das mais desfavorecidas possam ter acesso imediato à educação universal primária. Para tal, consideramos que devem assumir o compromisso de cooperar individualmente ou mediante as suas associações e exigir dos respectivos governos a necessária colaboração internacional para alcançar este direito universal que permita erradicar a pobreza e o trabalho infantil.

4. A educação deve procurar a felicidade, a justiça, o bem, a verdade, a tolerância e construir-se sobre valores compartilhados como a paz, a solidariedade, a responsabilidade social, o esforço, o compromisso, o diálogo e a transcendência. Nenhum cidadão rectamente formado pode permanecer alheio ou indiferente face à pobreza ou à ignorância sofrida por outros para com quem tem o dever de solidariedade universal.

5. O pluralismo educativo é um valor fundamental à educação e supõe a diversidade de opções que cabem numa sociedade livre e democrática donde todos os indivíduos podem ser diferentes em ideologia, raça, sexo ou religião porém são iguais em dignidade e direitos. Este pluralismo garante-se, entre outras formas, através do direito dos centros educativos em assumir um ideário educativo próprio.

6. é necessária uma activa e continuada colaboração e implicação das famílias no processo educativo dos filhos assim como o respeito e apoio aos docentes para que a escola possa potenciar o esforço individualizado do aluno para poder alcançar a excelência educativa.

7. Os centros de ensino e as autoridades educativas deverão agir de acordo com os princípios da avaliação objectiva, transparência e prestação de contas que permitam dar a conhecer aos cidadãos o caminho e o nível de cada escola para exercer efectivamente o direito de escolha do centro e para sanear as deficiências ou falta de qualidade quando estes ocorrerem.

8. Todas as famílias com filhos em idade escolar devem comprometer-se a uma maior participação e implicação no processo educativo através da associação de pais e mães de alunos que deverão contar com meios facultados pela administração pública para exercer o seu trabalho de defesa dos direitos dos pais e a sua formação com a adequada competência e profissionalismo.

9. Nenhum governo democrático pode discriminar as famílias impondo a obrigatoriedade de os seus filhos frequentarem os estudos nas escolas governamentais, sustentadas com os fundos públicos ou de propriedade privada. Tão pouco podem obrigar a que os alunos frequentem uma escola mista ou uma diferenciada por sexos, nem impor um ensino laico ou fundado em valores religiosos se não estiver em conformidade com a vontade dos pais.


10. Consideramos valores fundamentais próprios de uma correcta educação, além da formação intelectual, a formação física ou desportiva dos alunos, o ensino de idiomas e das novas tecnologias, que devem ser objecto de aprendizagem em todos os centros educativos.

11. Num mundo globalizado os alunos devem aprender a conviver respeitando a diversidade e a pluralidade de culturas, a sustentabilidade ambiental e as ideias e crenças dos outros, sem que tal suponha desprezo ou renúncia das suas próprias convicções, esforçando-se activamente na integração dos mais débeis e carenciados.

12. Ratificamos, no que concerne à educação, o disposto na Declaração Universal dos Direitos Humanos."

EXPO-VOCAÇÕES




Tenda da Família - Expo-Vocações

No passado 7 de Junho, no Parque de Exposições, em Macedo de Cavaleiros, envolvida no ambiente do Festival Jovem, realizou-se a Expo-Voações - “Família, Lar Vocacional”, organizada pelo Seminário de S. José de Bragança.
Foram convidados todos os Institutos de Vida Consagrada da Diocese e a Associação Famílias - Delegação de Bragança a participar de um modo vivo, apresentando o seu próprio carisma, na tenda que lhe foi atribuída. Nós, como família de coração aberto para acolher, repartimos o espaço da nossa tenda com o Instituto das Leigas consagradas -”Servas do Apostolado”- atendendo à exiguidade de tendas.
Participámos com cartazes e desdobráveis dos nossos eventos, fotografias de actividades, os nossos livros, material lúdico para crianças e jovens e muitas mensagens para a família. Foi visitada por jovens e adultos que, a partir da amostragem apresentada, puderam conhecer um pouco o trabalho da Associação e puderam aperceber-se da riqueza e da responsabilidade que é ser família, a primeira vocação do ser humano.
Só foi pena não ter a adesão esperada! Mas ficam algumas mensagens, para reflectirmos em família…
A família reforça-se no Amor que se constrói pelo diálogo.
Numa família moderna fala-se sempre com verdade.
Na família não discuta. Dialogue! Sempre!
Construir família exige projecto. Preparar para “Fazer Família” é uma exigência. Séria!
A Família é comunidade de serviço à vida e ao Amor.

Acredite-se ou não: na família e com a família se constrói o futuro!

D M de Luta contra a droga - Programa



DIA MUNDIAL de LUTA CONTRA a DROGA – 26 de Junho - 2008


Educar para prevenir - Simpósio
Socióloga – Médico – Assistente social – Psicólogo

26 de Junho de 2008 Quinta-feira 21h
Centro Cultural Paulo Quintela - 21h
Prospecto
Haverá animação musical por um grupo jovem.

Tópicos da Intervenção

Socióloga Dr.ª Ivone - Tópicos da Intervenção

1. Prevenção de comportamentos de risco em ambiente familiar
– A família enquanto sistema
– Valores na família
– Limites e regras
– Factores de protecção e factores de risco familiares
– Sentimentos e emoções
– Estratégias preventivas na família

Objectivos:
- Dotar os participantes de conhecimentos que lhes permitam desenvolver uma intervenção preventiva em contexto familiar
- Promover a reflexão dos participantes, enquanto agentes preventivos no âmbito da família e da sociedade.

Mensagem do Dia Internacional da Criança - 2008

Dia Internacional da Criança
2008
Mais uma vez, vamos celebrar com alegria o Dia Internacional da Criança. E é bom e premente que se comemore o futuro da sociedade que cada criança representa. Infelizmente pairam sobre as crianças nuvens que ofuscam a sua dignidade intrínseca. Legalizou-se o aborto, que mata um bebé a quem é negado ditatorialmente o direito a viver. Em muitos países, faz-se discriminação eugénica, e eliminam-se as crianças com alguns problemas com que a sociedade não se quer preocupar. A eutanásia, não pedida, aplicada a bebés recém-nascidos já é aceite e mesmo praticada em vários países da Europa. O sistema educativo que entrou em colapso, não continua o papel educativo delegado pelos Pais.
Continuamos a ter taxas de insucesso e abandono escolares preocupantes e que nos deveriam envergonhar. Lamentavelmente muito do chamado “sucesso educativo” não passa de uma operação de cosmética estatística.
O trabalho infantil, apesar de ter diminuído, ainda é uma forma inqualificável de exploração das crianças.
Quantas crianças são usadas pelos pais que entraram em ruptura como balas de estilhaço contra um e/ou outro? Onde está o “superior interesse da criança”, quando a justiça, que é demorada, tem de intervir? E que dizer dos maus tratos infligidos a tantas e tantas crianças de todos os grupos sociais e culturais, maus tratos físicos e também psicológicos, talvez os mais traumatizantes?
Neste Dia Internacional da Criança gostaríamos que esta mensagem fosse lida e entendida como um simples contributo para a reflexão de Pais, de Professores e de outros educadores e que ela não ficasse perdida pelo barulho que se costuma fazer neste dia à volta e com as crianças como se o seu mundo fosse, como devia, um mundo justo e amoroso que muitas vezes não é para com as crianças.
O futuro está hoje em cada criança. Por isso, urge redireccionar o nosso modo de lidar com cada uma delas. Só o amor pode salvar o futuro que cada criança representa.


01.Junho.2008

Dia Internacional da Família - 2008




15 de Maio - Dia Internacional da Família
Associação Famílias - Bragança
Bragança comemorou o Dia Internacional da Família, dia 17 de Maio, no Centro Cultural Paulo Quintela
Na sua Conferência “Família entre Luzes e Sombras”, o Dr. Carlos Aguiar, Presidente Nacional da Associação Famílias, referiu o ano em que se iniciou esta celebração, 1994, por recomendação da ONU, vindo a criar-se, na comemoração do décimo Aniversário, o Comité para a Família. Várias Câmaras manifestaram as suas preocupações com as famílias, e alguns autarcas até deram o nome -15 de Maio - a ruas ou praças. O Presidente da Associação Famílias fez um apelo à Câmara de Bragança, na pessoa da Vereadora da Cultura, no sentido de que Bragança também possa vir a ter uma rua com esse nome.
O conferencista teceu, seguidamente, questões sobre temáticas que despertaram o maior interesse junto dos participantes, como:
1. Afinal, quando se fala de Família, o que queremos dizer? A família baseia-se na hetero-sexualidade, a união do homem e da mulher, não por questões políticas mas por organização natural da espécie humana. Ou seja, a base da família é o homem e a mulher. A família é uma comunidade que se constrói, baseada na conjugalidade, na relação de amor, mas, na verdade, a vida de família apresenta luzes e sombras
2. As sombras que obscurecem a Família foram reportadas, essencialmente, à falta de preparação para a vida conjugal, confundindo-se frequentemente o amor com a sexualidade. Por sua vez, surgem razões intrínsecas e extrínsecas para uma cultura anti-natalista, referindo-se que na Europa estão a nascer menos um milhão de crianças do que aquelas que deveriam nascer. Há um aborto em cada 27 segundos. Insistia o conferencista em que é preciso criar uma cultura da vida e promovê-la desde tenra idade. Há também, nos dias de hoje, uma notória (in)conciliação Família/Trabalho: falta de estabilidade laboral, contratos precários, locais indefinidos, falta de conciliação da casa onde estão as crianças e onde trabalham os pais. Constata-se, amiúde, uma dinâmica débil na comunicação intra e inter-familiar, salientando-se o bloqueio à comunicação marido/mulher e vice-versa e pais/filhos. E ficou a ressoar a frase que, no fundo, está dentro de nós: “É-se pai/mãe para a eternidade”. Hoje, verifica-se também a cultura do fútil e o abandono dos velhos. Nesta sociedade consumista, os idosos são considerados um estorvo, pois não produzem. Carlos Aguiar motivou para que haja respeito pelas pessoas mais idosas, que se lhes permita ficar nas suas aldeias, no seu lugar. Não cortar com o seu ambiente, que se lhes proporcionem condições, físicas e humanas. O lar seja o último recurso. Mas tendo que existir, que seja com qualidade de equipamentos e, principalmente, com calor humano.
3. Mas também, e sobretudo, há luzes que brilham e iluminam a vida da Família, como: uma consciência mais apurada da igualdade de direitos/deveres na vida conjugal, a par de uma preocupação por melhorar a qualidade de vida dos filhos, e, em abono de uma atitude muito positiva, igualmente se verifica um crescente aumento da tomada de consciência da importância da partilha das tarefas domésticas e familiares.

Perante os considerandos apresentados, teceu o Presidente da Associação Famílias uma série de Desafios que precisam de respostas urgentes, assim concretizados:
- Maior abertura na preparação para a vida conjugal;
- Urgência de tornar muito mais sérios os ritos do casamento (mesmo religiosos!);
- Necessidade de Orientação e Aconselhamento Familiares;
- idem para a Mediação Familiar;
- Promoção da dignidade do Casamento (mesmo civil) e das responsabilidades que acarreta.
Para finalizar, O Dr. Carlos Aguiar fez um apelo à compreensão das fraquezas humanas, isto é, dos lares desfeitos, evocando que “O Senhor está próximo dos que têm o coração ferido” e interrogando se “estamos, nós, também, próximos dos que sofrem”?

A Delegação de Bragança da Associação Famílias, socialmente preocupada, quer chegar a esses corações feridos e está seriamente empenhada na criação de um Equipamento social, Centro de Apoio à Vida.


Bragança, DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA de 2008