A 8 de Setembro, na Igreja de S. Vicente de Bragança, a Associação Entre Famílias celebrou a Natividade de Nossa Senhora, actividade religiosa que consta do seu Plano de Acção/2009.
Houve acompanhamento musical de toda a cerimónia, previamente ensaiado.
Houve acompanhamento musical de toda a cerimónia, previamente ensaiado.
A condução da Paraliturgia esteve a cargo do Pároco de S.ta Maria e S. Vicente, Dr. P.e Sobrinho Alves, coadjuvado pelo Assistente Eclesiástico da Associação Entre Famílias, P.e Fontoura.
Após a proclamação do Evangelho, o Dr. P.e Sobrinho Alves dirigiu palavras de esclarecimento e ilustração do verdadeiro significado da NATIVIDADE de Nossa Senhora.
O P.e Fontoura fez a leitura do Evangelho
Com um profundo sentido, acompanhado de misticismo e emoção, foi cantada a AVÉ MARIA, autêntico poema de amor!
"EIS-ME AQUI, SENHORA", poema dito e musicalizado por jovens dos Convívios Fraternos...
"EIS-ME AQUI, SENHORA", poema dito e musicalizado por jovens dos Convívios Fraternos...
... com mantos coloridos oferecidos à Virgem Maria.
Expectativa e alegria no rosto dos Jovens de Convívios Fraternos!
Público interessado e participativo na Paraliturgia...
Contentamento e seguimento interior da cerimónia!
Diga-se que houve grande adesão da Comunidade de diversos Grupos Paroquiais, todos com o seu contributo.
Já quase no final, o Presidente da Direcção da Associação Entre Famílias disse algumas palavras sobre o posicionamento desta Associação face à Natividade, à criação da Associação e também face à problemática da FAMÍLIA E DA VIDA.
Aqui ficam registadas tais palavras, para que todos os Associados, Utentes e possíveis leitores possam também ter acesso à mensagem que as mesmas veiculam:
"Natividade de N.ª Senhora – 08.Set.2009
1. Sobre a Natividade
O P.e António Vieira (1608-1697), um dos mais influentes personagens do século XVII em termos de política, missionação e defesa infatigável dos direitos humanos dos povos indígenas, num dos seus admiráveis sermões (Sermão do Nascimento da Mãe de Deus), apresentou a Natividade de Nossa Senhora desta forma:
"Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o Nascimento de Maria? Vede para que nasceu. Nasceu para que dEla nascesse Deus. (...) Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus".
Mais palavras, para quê? Apesar de serem ditas no passado, têm a frescura, a coerência e a actualidade do nosso tempo.
2. Sobre a Associação Entre Famílias – Bragança
Desde 1999 a Março de 2009 teve a sua criação e desenvolvimento a Delegação de Bragança da Associação Famílias sediada em Braga.
Ao longo de quase 10 anos, a dinâmica da Delegação teve os seus frutos positivos junto da comunidade e das famílias mais carenciadas, promovendo eventos sociais de impacto junto dos cidadãos.
Todavia, e como ninguém escapa à erosão dos tempos, surgiu o natural desgaste organizacional, que obrigou a repensar as linhas e orientações associativas. Neste contexto, a Associação Famílias, de Braga, resolveu extinguir a Delegação de Bragança, o que viria a acontecer em 30 de Março do corrente ano, deixando campo aberto para uma autonomia associativa.
Era urgente, pois, tomar uma atitude: criar uma nova associação. Foi esta saída que um grupo de Associados, vindo dos Órgãos de Gestão da ex-Delegação, decidiu assumir. Tal grupo, já forjado pela experiência activa de vários anos, resolveu levar em frente a elaboração dos Estatutos. Sem esmorecer o ânimo, foram dados passos e ultrapassadas dificuldades, sempre olhando mais além.
A 23 de Junho/2009, deu-se a aprovação estatutária; a 24 de Junho foi a Associação erecta canonicamente e, a 25 de Junho, obteve personalidade jurídica, concedida pelo Governo Civil de Bragança.
A 23 de Julho/2009, um mês após a aprovação dos Estatutos, foram eleitos os Órgãos de Gestão, que viriam tomar posse a 29 de Julho de 2009, iniciando-se, assim, o primeiro triénio de trabalhos.
Desta forma, começou um novo ciclo associativo, com a esperança, a união de sonhos e vontades para se fazer o mais que se puder para a família e pela família, sem esquecer que ao nosso lado moram muitas famílias e crianças, nascidas e por nascer, extremamente carenciadas.
Como grandes fins, previstos nos nossos Estatutos, poder-se-ão destacar os dois seguintes:
1) Apoiar, defender e promover a Família e a vida humana desde a concepção à morte natural, cooperando com os serviços públicos competentes ou instituições particulares, em espírito de solidariedade humana, cristã e social;
2) Procurar a colaboração de Voluntários e pessoas dotadas de aptidões adequadas para a mútua ajuda.
Se puder e quiser associar-se a nós, estaremos sempre abertos e contamos consigo, seja como voluntário, seja como associado activo.
3. Sobre a Família e Vida
A Associação Entre famílias considera e defende que a família e a vida são duas realidades, natural e intrinsecamente correlacionadas, pois sem família e sem vida, como é evidente, a perpetuação de gerações não é possível. Inserimo-nos no pensamento dos Documentos mais relevantes da esfera social e humana, sejam internacionais, sejam nacionais, assim como nas orientações da Igreja Católica.
De facto, segundo o Art.º 16.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, ONU - 1948, “A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião(…).
A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à protecção desta e do Estado”.
No Artigo 26.°, ficará contemplado o famoso direito de educação pela família: “(…) Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos”.
Por sua vez, A Constituição da República Portuguesa, última revisão de 2005, no Art.º 24.º, consagrado ao direito à vida, n.º 1, proclama: “A vida humana é inviolável”. E no seu Artigo 67.º, afirma-se claramente:
1. A família, como elemento fundamental da sociedade, tem direito à protecção da sociedade e do Estado e à efectivação de todas as condições que permitam a realização pessoal dos seus membros.
2. Incumbe, designadamente, ao Estado para protecção da família:
a) Promover a independência social e económica dos agregados familiares;
b) Promover a criação e garantir o acesso a uma rede nacional de creches e de outros equipamentos sociais de apoio à família, bem como uma política de terceira idade;
c) Cooperar com os pais na educação dos filhos.
Numa visão católica, profundamente humana e social, João Paulo II, na Exortação Apostólica Familiaris Consortio (de 22 de Novembro de 1981, Publicação de 1993, Braga: Secretariado Nacional do Apostolado da Oração, 6.ª ed.), cientificamente credenciada, proclama que “o matrimónio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade.” (pág. 7), vindo posteriormente (pág. 30) a alertar que entre os deveres principais da família se destacam “o serviço da vida” e “a participação no desenvolvimento da sociedade”.
Face a estas orientações sociais e religiosas, que bem podem constituir normas morais e bioéticas para qualquer cidadão, o que vemos à nossa volta?
- Vemos atentados contra a vida intra e extra-uterina, como se a vida não fosse o maior dos valores (a Lei 16/2007, de 17 de Abril – IVG, nem sequer é respeitada nas cláusulas de periodicidade para reflexão da mulher);
- Vemos facilitismo na dissolução do casamento, havendo legislação a viabilizar divórcio sem litígio (Lei 61/2008, de 31 de Outubro), com uma análise branda e permissiva de ruinosas consequências para os filhos;
- Vemos as “uniões de facto”, mais fruto de conveniências económicas que de amor desinteressado;
- Vemos a tão propalada onda de legalização dos “casamentos” entre homossexuais, aventando-se, em vários quadrantes políticos, que são exactamente a normalidade, quando é evidente que constituem uma excepção ou diferença, compreensível, mas não admissível como princípio natural e sacralizado;
- Vemos a polémica Lei da Educação Sexual (Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto), que acaba por se sobrepor à Constituição da República, bem como à Declaração Universal dos Direitos Humanos, já citadas, retirando aos pais a prioridade da educação a dar aos seus filhos.
Nós, Associação Entre Famílias, lutaremos para que a família e a vida sejam repostas no verdadeiro lugar que lhes pertence, ou seja, os primeiros dos valores que uma sociedade deve orgulhar-se de possuir e defender.
Em nome da Associação Entre Famílias, agradeço a todos os presentes a paciência e a atenção concedidas e, de forma especial, apresento o nosso reconhecimento ao Dr. P.e Sobrinho Alves por ter conduzido esta Paraliturgia da Natividade de Nossa Senhora e nos ter proporcionado o espaço paroquial da Igreja de S. Vicente, um marco religioso de referência para os brigantinos. Obrigado a todos!
1. Sobre a Natividade
O P.e António Vieira (1608-1697), um dos mais influentes personagens do século XVII em termos de política, missionação e defesa infatigável dos direitos humanos dos povos indígenas, num dos seus admiráveis sermões (Sermão do Nascimento da Mãe de Deus), apresentou a Natividade de Nossa Senhora desta forma:
"Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o Nascimento de Maria? Vede para que nasceu. Nasceu para que dEla nascesse Deus. (...) Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus".
Mais palavras, para quê? Apesar de serem ditas no passado, têm a frescura, a coerência e a actualidade do nosso tempo.
2. Sobre a Associação Entre Famílias – Bragança
Desde 1999 a Março de 2009 teve a sua criação e desenvolvimento a Delegação de Bragança da Associação Famílias sediada em Braga.
Ao longo de quase 10 anos, a dinâmica da Delegação teve os seus frutos positivos junto da comunidade e das famílias mais carenciadas, promovendo eventos sociais de impacto junto dos cidadãos.
Todavia, e como ninguém escapa à erosão dos tempos, surgiu o natural desgaste organizacional, que obrigou a repensar as linhas e orientações associativas. Neste contexto, a Associação Famílias, de Braga, resolveu extinguir a Delegação de Bragança, o que viria a acontecer em 30 de Março do corrente ano, deixando campo aberto para uma autonomia associativa.
Era urgente, pois, tomar uma atitude: criar uma nova associação. Foi esta saída que um grupo de Associados, vindo dos Órgãos de Gestão da ex-Delegação, decidiu assumir. Tal grupo, já forjado pela experiência activa de vários anos, resolveu levar em frente a elaboração dos Estatutos. Sem esmorecer o ânimo, foram dados passos e ultrapassadas dificuldades, sempre olhando mais além.
A 23 de Junho/2009, deu-se a aprovação estatutária; a 24 de Junho foi a Associação erecta canonicamente e, a 25 de Junho, obteve personalidade jurídica, concedida pelo Governo Civil de Bragança.
A 23 de Julho/2009, um mês após a aprovação dos Estatutos, foram eleitos os Órgãos de Gestão, que viriam tomar posse a 29 de Julho de 2009, iniciando-se, assim, o primeiro triénio de trabalhos.
Desta forma, começou um novo ciclo associativo, com a esperança, a união de sonhos e vontades para se fazer o mais que se puder para a família e pela família, sem esquecer que ao nosso lado moram muitas famílias e crianças, nascidas e por nascer, extremamente carenciadas.
Como grandes fins, previstos nos nossos Estatutos, poder-se-ão destacar os dois seguintes:
1) Apoiar, defender e promover a Família e a vida humana desde a concepção à morte natural, cooperando com os serviços públicos competentes ou instituições particulares, em espírito de solidariedade humana, cristã e social;
2) Procurar a colaboração de Voluntários e pessoas dotadas de aptidões adequadas para a mútua ajuda.
Se puder e quiser associar-se a nós, estaremos sempre abertos e contamos consigo, seja como voluntário, seja como associado activo.
3. Sobre a Família e Vida
A Associação Entre famílias considera e defende que a família e a vida são duas realidades, natural e intrinsecamente correlacionadas, pois sem família e sem vida, como é evidente, a perpetuação de gerações não é possível. Inserimo-nos no pensamento dos Documentos mais relevantes da esfera social e humana, sejam internacionais, sejam nacionais, assim como nas orientações da Igreja Católica.
De facto, segundo o Art.º 16.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, ONU - 1948, “A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião(…).
A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à protecção desta e do Estado”.
No Artigo 26.°, ficará contemplado o famoso direito de educação pela família: “(…) Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos”.
Por sua vez, A Constituição da República Portuguesa, última revisão de 2005, no Art.º 24.º, consagrado ao direito à vida, n.º 1, proclama: “A vida humana é inviolável”. E no seu Artigo 67.º, afirma-se claramente:
1. A família, como elemento fundamental da sociedade, tem direito à protecção da sociedade e do Estado e à efectivação de todas as condições que permitam a realização pessoal dos seus membros.
2. Incumbe, designadamente, ao Estado para protecção da família:
a) Promover a independência social e económica dos agregados familiares;
b) Promover a criação e garantir o acesso a uma rede nacional de creches e de outros equipamentos sociais de apoio à família, bem como uma política de terceira idade;
c) Cooperar com os pais na educação dos filhos.
Numa visão católica, profundamente humana e social, João Paulo II, na Exortação Apostólica Familiaris Consortio (de 22 de Novembro de 1981, Publicação de 1993, Braga: Secretariado Nacional do Apostolado da Oração, 6.ª ed.), cientificamente credenciada, proclama que “o matrimónio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade.” (pág. 7), vindo posteriormente (pág. 30) a alertar que entre os deveres principais da família se destacam “o serviço da vida” e “a participação no desenvolvimento da sociedade”.
Face a estas orientações sociais e religiosas, que bem podem constituir normas morais e bioéticas para qualquer cidadão, o que vemos à nossa volta?
- Vemos atentados contra a vida intra e extra-uterina, como se a vida não fosse o maior dos valores (a Lei 16/2007, de 17 de Abril – IVG, nem sequer é respeitada nas cláusulas de periodicidade para reflexão da mulher);
- Vemos facilitismo na dissolução do casamento, havendo legislação a viabilizar divórcio sem litígio (Lei 61/2008, de 31 de Outubro), com uma análise branda e permissiva de ruinosas consequências para os filhos;
- Vemos as “uniões de facto”, mais fruto de conveniências económicas que de amor desinteressado;
- Vemos a tão propalada onda de legalização dos “casamentos” entre homossexuais, aventando-se, em vários quadrantes políticos, que são exactamente a normalidade, quando é evidente que constituem uma excepção ou diferença, compreensível, mas não admissível como princípio natural e sacralizado;
- Vemos a polémica Lei da Educação Sexual (Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto), que acaba por se sobrepor à Constituição da República, bem como à Declaração Universal dos Direitos Humanos, já citadas, retirando aos pais a prioridade da educação a dar aos seus filhos.
Nós, Associação Entre Famílias, lutaremos para que a família e a vida sejam repostas no verdadeiro lugar que lhes pertence, ou seja, os primeiros dos valores que uma sociedade deve orgulhar-se de possuir e defender.
Em nome da Associação Entre Famílias, agradeço a todos os presentes a paciência e a atenção concedidas e, de forma especial, apresento o nosso reconhecimento ao Dr. P.e Sobrinho Alves por ter conduzido esta Paraliturgia da Natividade de Nossa Senhora e nos ter proporcionado o espaço paroquial da Igreja de S. Vicente, um marco religioso de referência para os brigantinos. Obrigado a todos!
Francisco Alves, Presidente da Associação Entre Famílias – 08.09.2009 – Bragança."
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