Ah, se eu pudesse apregoar minimamente
a realidade chamada mãe!
Seria feliz com tal possibilidade,
talvez um dos mais aventurados seres
que a humanidade encerra.
Mas a verdade é que hoje tributamos pouco valor,
mesmo aquele que a tem,
seja ele muito boa ou má gente,
a essa deusa grande entre a divindade,
a maior das riquezas entre os haveres,
o bálsamo nas feridas da guerra,
a raiz do futuro, do sonho, da vida e do amor!
Não, não consigo, apesar da tentativa,
enaltecer condignamente o extraordinário condão
que é ser mãe, o afecto feito pessoa…
Perdoa-me, mãe carinhosa e diva,
essa incompetência para fazer-te uma loa
e aceita a minha fraqueza,
nesta nota de singeleza,
como se fosse, para ti, o espelho da minha afeição.
E deixa-me que te diga,
ao teu ouvido, em surdina:
contigo cresci,
fiz-me moço e homem,
trabalhei como a formiga,
a respeitar aprendi…
Ó mãe, cante eu a tua sina,
Seja velhinho ou jovem!
(Com autorização do Autor - FCAlves)
04.Mai.2008 - Dia da Mãe! Que seja esta uma loa para todas as mães!