domingo, 6 de julho de 2008

Dia Internacional da Família - 2008




15 de Maio - Dia Internacional da Família
Associação Famílias - Bragança
Bragança comemorou o Dia Internacional da Família, dia 17 de Maio, no Centro Cultural Paulo Quintela
Na sua Conferência “Família entre Luzes e Sombras”, o Dr. Carlos Aguiar, Presidente Nacional da Associação Famílias, referiu o ano em que se iniciou esta celebração, 1994, por recomendação da ONU, vindo a criar-se, na comemoração do décimo Aniversário, o Comité para a Família. Várias Câmaras manifestaram as suas preocupações com as famílias, e alguns autarcas até deram o nome -15 de Maio - a ruas ou praças. O Presidente da Associação Famílias fez um apelo à Câmara de Bragança, na pessoa da Vereadora da Cultura, no sentido de que Bragança também possa vir a ter uma rua com esse nome.
O conferencista teceu, seguidamente, questões sobre temáticas que despertaram o maior interesse junto dos participantes, como:
1. Afinal, quando se fala de Família, o que queremos dizer? A família baseia-se na hetero-sexualidade, a união do homem e da mulher, não por questões políticas mas por organização natural da espécie humana. Ou seja, a base da família é o homem e a mulher. A família é uma comunidade que se constrói, baseada na conjugalidade, na relação de amor, mas, na verdade, a vida de família apresenta luzes e sombras
2. As sombras que obscurecem a Família foram reportadas, essencialmente, à falta de preparação para a vida conjugal, confundindo-se frequentemente o amor com a sexualidade. Por sua vez, surgem razões intrínsecas e extrínsecas para uma cultura anti-natalista, referindo-se que na Europa estão a nascer menos um milhão de crianças do que aquelas que deveriam nascer. Há um aborto em cada 27 segundos. Insistia o conferencista em que é preciso criar uma cultura da vida e promovê-la desde tenra idade. Há também, nos dias de hoje, uma notória (in)conciliação Família/Trabalho: falta de estabilidade laboral, contratos precários, locais indefinidos, falta de conciliação da casa onde estão as crianças e onde trabalham os pais. Constata-se, amiúde, uma dinâmica débil na comunicação intra e inter-familiar, salientando-se o bloqueio à comunicação marido/mulher e vice-versa e pais/filhos. E ficou a ressoar a frase que, no fundo, está dentro de nós: “É-se pai/mãe para a eternidade”. Hoje, verifica-se também a cultura do fútil e o abandono dos velhos. Nesta sociedade consumista, os idosos são considerados um estorvo, pois não produzem. Carlos Aguiar motivou para que haja respeito pelas pessoas mais idosas, que se lhes permita ficar nas suas aldeias, no seu lugar. Não cortar com o seu ambiente, que se lhes proporcionem condições, físicas e humanas. O lar seja o último recurso. Mas tendo que existir, que seja com qualidade de equipamentos e, principalmente, com calor humano.
3. Mas também, e sobretudo, há luzes que brilham e iluminam a vida da Família, como: uma consciência mais apurada da igualdade de direitos/deveres na vida conjugal, a par de uma preocupação por melhorar a qualidade de vida dos filhos, e, em abono de uma atitude muito positiva, igualmente se verifica um crescente aumento da tomada de consciência da importância da partilha das tarefas domésticas e familiares.

Perante os considerandos apresentados, teceu o Presidente da Associação Famílias uma série de Desafios que precisam de respostas urgentes, assim concretizados:
- Maior abertura na preparação para a vida conjugal;
- Urgência de tornar muito mais sérios os ritos do casamento (mesmo religiosos!);
- Necessidade de Orientação e Aconselhamento Familiares;
- idem para a Mediação Familiar;
- Promoção da dignidade do Casamento (mesmo civil) e das responsabilidades que acarreta.
Para finalizar, O Dr. Carlos Aguiar fez um apelo à compreensão das fraquezas humanas, isto é, dos lares desfeitos, evocando que “O Senhor está próximo dos que têm o coração ferido” e interrogando se “estamos, nós, também, próximos dos que sofrem”?

A Delegação de Bragança da Associação Famílias, socialmente preocupada, quer chegar a esses corações feridos e está seriamente empenhada na criação de um Equipamento social, Centro de Apoio à Vida.


Bragança, DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA de 2008

Sem comentários: